quarta-feira, abril 18, 2007

Trabalho de Campo com Minhas "Crianças" do CAIC


No dia 17 de abril, realizei um trabalho de campo com meus alunos do Ensino Médio do CAIC. O trabalho aconteceu em Cabeçudas e na Praia Brava. O objetivo era observar duas áreas: em uma a ausência da vegetação de restinga em Cabeçudas e na outra o processo de recuperação da restinga da Praia Brava.
Foi discutido com os alunos a importância deste tipo de vegetação e as conseqüências sofridas com sua ausência. Muito produtivo.
Como todo bom trabalho de campo situações engraçadas também aconteceram. A dona Célia por exemplo ficou indignada com o que ela viu no estacionamento da Praia da Atalaia. Já a Suellen e Elisângela muito colaboraram com o meio ambiente, pois não jogaram nenhum papel na areia da praia e nem pela janela do carro do Cícero. Falar em carro do Cícero que dificuldade para aquele carro subir o morro Cortado hein? Não posso esquecer do Nelson que só queria saber de comprar...

Foi muito bom

Valeu pessoal...
Professor Valter Cardoso

domingo, abril 08, 2007

Entenda o Protocolo de Kyoto

O Protocolo de Kyoto foi o resultado da 3ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada no Japão, em 1997, após discussões que se estendiam desde 1990. A conferência reuniu representantes de 166 países para discutir providências em relação ao aquecimento global.
O documento estabelece a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), que responde por 76% do total das emissões relacionadas ao aquecimento global, e outros gases do efeito estufa, nos países industrializados. Os signatários se comprometeriam a reduzir a emissão de poluentes em 5,2% em relação aos níveis de 1990. A redução seria feita em cotas diferenciadas de até 8%, entre 2008 e 2012, pelos países listados no Anexo 1.
Um aspecto importante do protocolo é que apenas os países ricos, do chamado Anexo 1, são obrigados a reduzir suas emissões. Países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, grandes emissores de poluentes, podem participar do acordo, mas não são obrigados a nada. O conceito básico acertado para Kyoto é o da ''responsabilidade comum, porém diferenciada'' - o que significa que todos os países têm responsabilidade no combate ao aquecimento global, porém aqueles que mais contribuíram historicamente para o acúmulo de gases na atmosfera (ou seja, os países industrializados) têm obrigação maior de reduzir suas emissões.
Para entrar em vigor, porém, o documento precisa ser ratificado por pelo menos 55 países. Entre esses, devem constar aqueles que, juntos, produziam 55% do gás carbônico lançado na atmosfera em 1990. Embora a União Européia já tenha anunciado seu apoio ao protocolo, os Estados Unidos - o maior poluidor - se negam a assiná-lo. Sozinho, o país emite nada menos que 36% dos gases venenosos que criam o efeito estufa. Só nos últimos dez anos, a emissão de gases por parte dos Estados Unidos aumentou 10% e, segundo o protocolo, a emissão de gás carbônico deve dar um salto de 43% até 2020.
Os EUA desistiram do tratado em 2001, alegando que o pacto era caro demais e excluía de maneira injusta os países em desenvolvimento. O atual presidente americano, George W. Bush, alega ausência de provas de que o aquecimento global esteja relacionado à poluição industrial. Ele também argumenta que os cortes prejudicariam a economia do país, altamente dependente de combustíveis fósseis. Em vez de reduzir emissões, os EUA preferiram trilhar um caminho alternativo e apostar no desenvolvimento de tecnologias menos poluentes.
Rússia põe fim ao impasse
Em 2002, o impasse dava mostras de que poderia chegar ao fim com o apoio do Parlamento canadense, antes contrário ao documento. Só em 2004, no entanto, o pacto finalmente ganharia o pontapé final para a sua implementação com a adesão da Rússia. Para entrar em vigor e se tornar um regulamento internacional, o acordo precisava do apoio de um grupo de países que, juntos, respondessem por ao menos 55% das emissões de gases nocivos no mundo - com a entrada da Rússia, o segundo maior poluidor, responsável por 17% delas, a cota foi atingida. Até então, apesar da adesão de 127 países, a soma de emissões era de apenas 44%. Com a Rússia, esse índice chega a 61%.
Muito comemorada, a entrada da Rússia no entanto põe em evidência a questão do impacto do protocolo nas economias, motivo pelo qual a Austrália também se mantém de fora do acordo. O presidente russo Vladimir Putin só decidiu aderir ao descobrir que o pacto poderia servir de moeda de troca, junto à União Européia (a maior defensora do acordo), para seu ingresso na Organização Mundial do Comércio.
Agora, com a adesão da Rússia, os países que o assinaram terão de colocar em ação planos de substituição de energia para deter a escalada da fumaça que forma um cinturão de gases tóxicos na atmosfera। O acordo, ratificado por 141 países, entra em vigor em 16 de fevereiro de 2005, 90 dias após o processamento dos documentos da adesão da Rússia junto à Organização das Nações Unidas (ONU).


Os países que mais emitem dióxido de carbono (CO2) na atmosfera (porcentagem do total emitido no mundo)


Estados Unidos 36,1


Rússia 17,4


Japão 8,5


Alemanha 7,4


Reino Unido 4,3


Canada 3,3


Itália 3,1


Polônia 3,0


França 2,7


Paises listados no Anexo 1: Alemanha, Austrália, Áustria, Belarus, Bélgica, Bulgária, Canadá, Comunidade Européia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Federação Russa, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, República Tcheco-Eslovaca, Romênia, Suécia, Suíça, Turquia e Ucrânia.


Fonte do Texto: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT908417-1655,00.html

Fonte da Imagem:http://www.miliarium.com/monografias/Kioto/Claves3.jpg



A luta dos curdos

Região que se espalha por Turquia, Iraque, Irã, Síria, Armênia e Azerbaijdão, o Curdistão luta pela criação de um Estado próprio. Apenas uma vez na história houve um passo importante nesse sentido. Em 1920, o Tratado de Sèvres propõe a criação de um Estado curdo, algo que nunca saiu do papel. A grande dificuldade é que os curdos são povos organizados em clãs (grupos) independentes, islâmicos, mas desunidos. O movimento pela independência é mais forte na Turquia, onde vive praticamente metade dos 26 milhões de curdos. É também ali que a repressão é mais intensa. Em 1978 é criado o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e, quatro anos depois, teve início a luta armada. Seu líder, Abdullah Öcalan é condenado à morte e o movimento perde força. No entanto, com a possibilidade de a Turquia entrar para a União Européia, existe uma pressão para que seja solucionado o conflito com os curdos, garantindo, inclusive, os direitos humanos desse povo. Do lado iraquiano, a permanência dos curdos não foi menos conturbada. Logo após a Guerra Irã-Iraque (1980-1987), Saddam ordenou um ataque com armas químicas à região curda, matando 5 mil curdos. Durante a Guerra do Golfo (1991), Saddam promoveu outro massacre contra a população curda.

Fonte: http://www.terra.com.br/istoe/especiais/vestibular2002/conflito_02.htm

sexta-feira, abril 06, 2007

Fatores externos que influenciaram na queda da URSS


Ronald Reagan (a direita na foto) começou seu governo nos Estados Unidos (1981-1989) dizendo que o comunismo estava naturalmente fadado ao fracasso. Alguns historiadores concordam, enquanto outros afirmam que, quando disse isso, Reagan não estava somente bancando o profeta, mas, sim, demonstrando suas próprias intenções.


Reagan promoveu uma mudança brusca nas relações com a URSS, em comparação com seus antecessores, que mantinham certa abertura. Combinando um discurso feroz a constantes investimentos militares, Reagan protagonizou os momentos mais quentes da Guerra Fria. E foi mesmo uma espécie de guerra “fria”: não havia conflitos diretos, apenas o estado de alerta, alimentado por uma escalada armamentista sem precedentes. Foi assim, com ameaças veladas, que o presidente americano deixou os soviéticos em pânico: ao fazer manobras de ataque nuclear em 1983 (exercício chamado Able Archer), ou com o lançamento do programa Guerra nas Estrelas — uma rede de satélites armados enviados ao espaço, com a premissa de “criar um escudo sobre o espaço aéreo americano contra possíveis ataques nucleares”. Com medo de ser atacada, a URSS tentava se equiparar ao poderio militar americano, retirando investimentos de diversas áreas importantes para aplicá-los em tecnologias de guerra. Isso afetou seriamente o desenvolvimento do país, contribuindo para seu fim.


O presidente estadunidense também apoiou movimentos anticomunistas por toda parte. Isso sem mencionar o discurso que fez em 1987, durante as comemorações dos 750 anos da capital Alemã, desafiando Gorbatchev a derrubar o Muro de Berlim, o que efetivamente aconteceu em 1989. O fato, que marca o fim da Guerra Fria, recebeu um comentário espirituoso da primeira-ministra da Inglaterra Margaret Thatcher: “Reagan venceu a guerra sem disparar um único tiro”.

E, por falar em Margaret Thatcher... Foi nela que Reagan encontrou sua principal aliada na cruzada contra o comunismo e a URSS. Dona de opiniões fortes e autora de discursos tão ou mais ferozes que os de Reagan, ela ajudou a pregar os ideais neoliberalistas de diminuir a influência do Estado na economia, o que ia diretamente contra as políticas soviéticas. Chegou ao cúmulo de dizer, em entrevista à revista Woman’s Own, em 1987, que “não acreditava na idéia de sociedade”, e que “o governo não deveria ser responsável nem mesmo por causas sociais fundamentais, como a moradia”. Assim como Reagan, ela também respondeu pronta e amigavelmente às mudanças propostas por Gorbatchev. Segundo ela, finalmente o ocidente capitalista tinha encontrado um homem com quem podia fazer negócio.