Meio que devagar o setor de rochas ornamentais foi surgindo e ganhando espaço na economia nacional e marcando presença no calendário de feiras, a ponto de colocar o Brasil entre os países produtores e exportadores de maior destaque no mercado mundial. Não se realiza uma feira, não se produz uma máquina, não se faz negócios no segmento de pedras sem que o Brasil seja o centro das atenções.E quando o assunto é rochas o Brasil é presença obrigatória em qualquer feira do mundo, leia-se de forma incontestável o Espírito Santo.Responsável por mais de 50% de toda produção, beneficiamento e exportação nacional, os produtos capixabas são garantia em todas as feiras mundiais de qualidade, beleza e raridade de sua produção.São cerca de 600 variedades, cada uma mais representativa que a outra e destacando os estados brasileiros, como se cada amostra representasse uma pedaço da bandeira nacional.Nesse aspecto patriótico o Espírito Santo é muito mais representativo - e isso, aos poucos, sociedade e governo começam a descobrir. A própria sociedade capixaba agora é que começa a acordar para a importância desse segmento que emprega mais de 20 mil chefes de famílias nas cercas de 1,3 mil empresas de extração e beneficiamento instaladas nos 78 municípios do Estado.Cerca de 50 mil chefes de família, de forma direta ou indireta tiram o seu sustento através do setor de rochas no Estado. São os empresários do setor de rochas e seus empregados, fabricantes de máquinas, ferramentas, insumos, motoristas, as empresas de serviços de comércio exterior, alfandegários, advogados, contadores e uma infinidade de segmento do comércio e indústria.Sem contar que os empresários do setor de rochas, fabricantes de máquinas e ferramentas estão constantemente se especializando, realizando treinamentos, cursando línguas estrangeiras e viajando pelo Brasil e o mundo em busca de negócios, gerando receita a vários outros segmentos que parecem não ter nada a ver com o setor. Mas têm.O setor de rochas, o único a estar presente em todos os municípios capixabas é hoje o que paga salário decente a seus empregados e se apresenta como o de maior prosperidade para elevar o nome do Espírito Santo mundo a fora.Um outro fator de vital importância sãos as feiras de Cachoeiro de Itapemirim e Nova Venécia, e a de Vitória em fevereiro de 2003. Elas geram empregos temporários, contratam serviços emergenciais, lotam hotéis, bares, restaurantes, companhia aéreas e as agências de viagens faturam somas significativas.Nenhum outro segmento da indústria capixaba mexe tanto com a economia quanto o setor de mármore e granito. Empresários estudam, seus filhos estudam, viajam, criam oportunidades de negócios, adquirem carros de passeio e motos, caminhões para o transporte de sua matéria-prima, apartamentos, fazendas, casas de campo e veraneio, entre outras atividades.Não bastasse a geração de impostos e empregos, o setor movimenta milhões de dólares e reais, que garantem bancos com portas abertas. Além disso, é um dos principais clientes da Escelsa. É, indiscutivelmente, o segmento que mais tem a cara do Espírito Santo, um Estado com vocação para a exportação.Além de ser uma excelência na extração, beneficiamento e exportação de rochas, o Estado é ainda o mais importante fabricante de máquinas e equipamentos para o setor e o governo precisa urgentemente reavaliar as alíquotas de ICMS dessas indústrias, evitando que ocorra um colapso de insatisfação que possa trazer grandes prejuízos ao Estado, sobretudo às empresas de mármore e granito.
Fonte do texto: Revista Pedras da Editora Opinião
Fonte da imagem: Valter Cardoso
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