A ciência, no estágio atual, está estreitamente ligada à atividade industrial e às outras atividades econômicas: agricultura, pecuária, serviços. É um componente fundamental, pois, para as empresas, o desenvolvimento científico e tecnológico é revertido em novos produtos e em redução de custos, permitindo a elas maior capacidade de competição num mercado cada. vez mais disputado.
As grandes multinacionais possuem seus próprios centros de pesquisa e o investimento cientifico, em relação ao conjunto da atividade produtiva, tem sido crescente. Em meados da década de 80, por exemplo. a IBM norte-americana possuía cerca de 400 mil empregados em todo o mundo, entre os quais 40 mil (10%) trabalhavam na área de pesquisa.
O Estado, por meio das universidades e de outras instituições, também estimula o desenvolvimento econômico, preparando pessoas e capacitando-as ao exercício de funções de pesquisa, na área industrial ou agrícola, assim como no desenvolvimento de tecnologias, transferidas ou adaptadas às novas mercadorias de consumo ou aos novos equipamentos de produção. Nesse sentido, a pesquisa cientifica aplicada ao desenvolvimento de novos produtos tornou-se parte do planejamento estratégico do Estado, visando ao desenvolvimento econômico.
Mesmo no tempo da Guerra Fria, quando o investimento tecnológico estava voltado à corrida armamentista ou espacial, boa parte das conquistas tecnológicas foi adaptada e estendida à criação de uma infinidade de bens de consumo nos países capitalistas.
Com a Revolução Técnico-científica., o tempo entre qualquer inovação e sua difusão, em forma de mercadorias ou de serviços, é cada vez mais imediato. Os produtos industriais classificados genericamente como de bens de consumo duráveis, especialmente aqueles ligados aos setores de ponta como a microeletrônica e informática, tornam-se obsoletos devido à rapidez com que são superados pela introdução de novas tecnologias.
Os impactos mundiais dos avanços técnico-científicos foram marcantes a partir da Segunda Guerra Mundial. Foi possível delimitar, a partir daí (considerando-se também a relatividade dessa demarcação temporal), o início de uma Terceira Revolução Industrial.
A microeletrônica, o microcomputador, o software, a telemática, a robótica, a engenharia genética e os semicondutores são alguns dos símbolos dessa nova etapa. Essa fase tem modificado radicalmente as relações internacionais e os processos de produção característicos do sistema fabril introduzido pela Revolução Industrial, bem como tem possibilitado a criação de novos produtos e a utilização de novas matérias-primas e fontes de energia.
Há algum tempo, a indústria vem utilizando muitas matérias-primas sintéticas, como a borracha, as fibras de poliéster, o náilon e novos tipos de ligas que substituem vários metais. Hoje, por exemplo, pode-se utilizar uma nova cerâmica de alta resistência e durabilidade, feita de areia e silicone.
Os recursos sintéticos permitem a produção das matérias-primas nos próprios países desenvolvidos. Esse fato é, ao mesmo tempo, alentador e preocupante. Numa perspectiva de preservação da natureza, a exploração de recursos minerais não-renováveis diminuirá. No entanto, haverá uma conseqüente queda dos investimentos, em países subdesenvolvidos, por parte de empresas multinacionais ligadas à mineração e a outras atividades extrativas. Além disso, os países fornecedores de matérias-primas perderão, gradativamente, importantes itens de suas pautas de exportação.
Esse novo contexto criado pelas novas tecnologias de produção alteram inclusive os antigos critérios de localização industrial. Atualmente a instalação das grandes empresas multinacionais não está necessariamente associada à proximidade de fontes de matérias-primas e de mão-de-obra barata.
Apenas alguns setores industriais, como calçados, têxteis, brinquedos, montagem de aparelhos de TV e eletroeletrônicos, ainda tiram vantagem quanto à sua instalação em regiões onde prevalecem a baixa qualificação e o custo reduzido da mão-de-obra. Mas esta não é a tendência da economia industrial da Revolução Técníco-cíentífica, cujo pressuposto é produzir cada vez mais, com cada vez menos trabalhadores.
Tanto na Primeira como na Segunda Revolução Industriai, a margem de lucro das empresas se elevava à proporção que os salários decresciam. Quanto menor o salário, maior era o lucro retido pela empresa. O processo de expansão das multinacionais intensificou-se a partir da década de 50 em direção aos países do Terceiro Mundo e seguia este mesmo princípio: a elevação das taxas médias de lucro tinha como pressuposto a exploração da mão-de-obra barata desses países.
A Revolução Técnico-científica, movida pela produtividade, ao mesmo tempo em que pode gerar mais riquezas e ampliar as taxas de lucros, é também responsável pelo desemprego de centenas de milhares de pessoas em todo o mundo.
Entre os diversos processos de automação industrial, a robotização é o mais avançado. Os países que mais a utilizam são, respectivamente, o Japão e os Estados Unidos. O Japão contava, em 1994, com 274 mil unidades instaladas em suas indústrias, enquanto os Estados Unidos possuíam 40 mil. O Brasil, no mesmo ano, contava com. apenas 100 robôs, todos instalados na indústria automobilística.
O setor automobilístico apresenta o maior número de robôs da indústria em geral. N esse setor, no trabalho de solda, atingisse um grau de robotização da ordem de 95% nas fábricas mais modernas do mundo.
Fonte do texto: http://orbita.starmedia.com/geoplanetbr/ind%C3%BAstria.html
Fonte da imagem: www.ambafrance.org.br
4 comentários:
Muito obrigado pela aula de revolução técnico-científica. Vou precisa-la para apresentação de um trabalho escolar no meu colégio. Agradeço por tudo.
Obrigada, preciso disso para meu trabalho de Geografia na escola você é muito bom, parabéns!
Amei o texto me ajudou muito no meu trabalho de geografia.
obrigada
esse texto me ajudou tambem no meu tabralho de geografia
valew..............
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