quinta-feira, dezembro 06, 2007

Valorizar o saber é a solução para a Educação

Ao assistir hoje 06/012/2007 um vídeo sobre Educação no jornal Bom dia Brasil da Rede Globo, fiquei impressionado com a fala de um elemento que se diz especialista em gestão publica chamado “Nilson Vieira”. Este elemento diz que o problema da educação não está ligado aos baixos salários dos professores. É triste como qualquer pessoa de outra área pode opinar sobre a educação.
Qual o conhecimento que “sr.” tem sobre educação? Aliás como pode ser um especialista em gestão pública uma pessoa tão ignorante dos fatos.
Como não relacionar o fato de baixos salários a queda na qualidade da educação brasileira?
Sr. Ignorante Nilson Vieira, você que se diz especialista em alguma coisa (você mesmo é a prova de que a educação brasileira está fracassada, pois conseguiu se formar em alguma coisa) saiba que é impossível não relacionar a catástrofe da educação brasileira aos baixos salários dos professores. Vamos refletir um pouco (será que você consegue?):
- Quem são as pessoas que passam em concursos para juízes?
São os melhores da área do Direito, certo?
Pois então por que os concursos para juízes conseguem atrair os melhores profissionais do Direito?
A resposta é uma só: É O BOM SALÁRIO.
Por que os bons hospitais, as mais caras clínicas contam com os melhores profissionais da medicina?
PORQUE PAGAM BONS SALÁRIOS.
Por que as grandes empresas contam com os executivos mais criativos e dinâmicos?
POR ELAS OS ATRAEM COM OS BONS SALÁRIOS.
Por que milhares de brasileiros saem do Brasil todos os anos e passam o maior sacrifício para se manter nos EUA?
NA BUSCA DE MELHORES SALÁRIOS.
Mas o maior exemplo de que bons salários atrai bons profissionais está na própria educação. Por que as escolas particulares que pagam salários dignos aos seus professores apresentam bons resultados?
POR QUE PAGAM BEM SEUS PROFESSORES...
Sr. “especialista” Nilson Vieira. Volte para a “escolinha” que formou você para aprender um pouco mais antes de sair falando besteiras.
Bom salário atrai bons profissionais. Isso “especialistazinho” é regra no mercado.
Como pode um professor que ganha 500 reais, ler bons livros, ter uma internet em casa, viajar para conhecer lugares diferentes, ir ao teatro, participar de bons cursos... É claro que a qualidade desse profissional vai ser inferior... Mesmo ele se esforçando muito ainda vai apresentar algumas deficiências provocadas pelo baixo salário. Com 500 reais “especialistazinho” nem a alimentação desse professor vai ser adequada... Imagine sua formação.
Sr. Nilson Vieira faço minha as palavras do ex-deputado Severino Cavalcanti: “recolha-se a sua insignificância.” E não saia por ainda falando besteiras.

Professor Valter Cardoso

sábado, novembro 17, 2007

ONU prevê secas e falta de água para mais de 1 bilhão (Questão extra 2º anos)

Depois de uma semana de reuniões em Bruxelas, os mais de 400 cientistas que participaram da segunda parte de um relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) concluíram que mais de 1 bilhão de pessoas poderão sofrer com a falta de água a partir de 2020 e que as populações mais pobres do mundo serão as mais afetadas pelo aquecimento global.


A principal causa será o derretimento precoce da camada de gelo de grandes cadeias de montanhas, como o Himalaia e os Andes, causado pelo aumento da temperatura na Terra.
Elas funcionam como reservatórios, acumulando água em forma de gelo durante o inverno para liberá-la gradualmente com o derretimento no verão - um processo natural fadado a terminar, pois, segundo os cientistas, o derretimento já começou.


O relatório aponta que as montanhas Chacaltaya, na Bolívia, perderam quase toda a capa de gelo em 2004. Até o final do século, 75% do gelo dos Alpes também pode ter desaparecido.


Com a aceleração também do derretimento do gelo polar, as regiões costeiras e baixas serão inundadas, obrigando comunidades inteiras a se deslocarem.

Biodiversidade


O relatório também prevê que, se a temperatura global subir mais de 1,5º em relação aos índices de 1990, os ecossistemas regionais mudarão ao ponto de levar à extinção de cerca de um terço das espécies de animais e plantas do planeta.


O rendimento dos cultivos agrícolas e da pecuária também serão afetados, principalmente na África e Ásia.


“Atualmente há cerca de 900 milhões de pessoas passando fome no mundo e esse número deve aumentar por causa da mudança climática”, disse Martin Perry, co-presidente do grupo de trabalho responsávelpela segunda parte do relatório.


A malnutrição, por sua vez, contribuiria com o aumento da incidência de doenças nas regiões mais pobres do mundo.
“Reduzir a vulnerabilidade da população em relação a saúde e desnutrição é o mais importante que deve ser feito pelos países em desenvolvimento”, completou.


Segundo os cientistas, o cenário mundial já começou a sofrer modificações por culpa do aquecimento global e as sociedades deverão enfrentar grandes dificuldades para se adaptar a seus impactos.


Medidas para a adaptação das sociedades poderão “reduzir ou atrasar as implicações da mudança climática pelos próximos 10 ou 15 anos”, mas “não serão suficiente para fazer frente a todos os impactos esperados do aquecimento global a longo termo”, alerta o documento.


Relatório


De acordo com a ONU, as regiões que sofrerão mais consequências da mudança climática serão o Ártico, a África subsaariana, as pequenas ilhas, e os deltas asiáticos.


O Brasil e a América Latina não são consideradas regiões de alto risco.
A segunda parte do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) analisa as implicações do aumento de temperatura da Terra em diversas áreas, como economia, ecossistema e saúde humana.


O documento é resultado de uma semana de debates entre 400 especialistas sobre 28 mil dados científicos copilados sobre todo o planeta.


O relatório está sendo lançado em quatro partes ao longo deste ano.

Na primeira parte, divulgada em fevereiro em Paris, os cientistas projetaram um aumento de até 4º C na temperatura da Terra até o fim deste século e culparam o homem pelo aquecimento global.


Em maio, na Tailândia, o IPCC divulgará a terceira parte, que abordará as formas de impedir o aumento da concentração de gases nocivos ao ambiente.

A revolução técnico-científica (Questão extra 1ºs anos)


A ciência, no estágio atual, está estreitamente ligada à atividade industrial e às outras atividades econômicas: agricultura, pecuária, serviços. É um componente fundamental, pois, para as empresas, o desenvolvimento científico e tecnológico é rever­tido em novos produtos e em redução de custos, permitindo a elas maior capacidade de competição num mercado cada. vez mais disputado.

As grandes multinacionais possuem seus próprios centros de pesquisa e o investimento cientifico, em relação ao conjunto da atividade produtiva, tem sido crescente. Em meados da década de 80, por exemplo. a IBM norte-americana possuía cerca de 400 mil empregados em todo o mundo, entre os quais 40 mil (10%) trabalhavam na área de pesquisa.

O Estado, por meio das universidades e de outras instituições, também estimula o desenvolvimento econômico, preparando pessoas e capacitando-as ao exercício de funções de pesquisa, na área industrial ou agrícola, assim como no desenvolvimento de tecnologias, transferidas ou adaptadas às novas mercadorias de consumo ou aos novos equipamentos de produção. Nesse sentido, a pesquisa cientifica aplicada ao desenvolvimento de novos produtos tornou-se parte do planejamento estratégico do Estado, visando ao desenvolvimento econômico.

Mesmo no tempo da Guerra Fria, quando o investimento tecnológico estava voltado à corrida armamentista ou espacial, boa parte das conquistas tecnológicas foi adaptada e estendida à criação de uma infinidade de bens de consumo nos países capitalistas.

Com a Revolução Técnico-científica., o tempo entre qualquer inovação e sua difusão, em forma de mercadorias ou de serviços, é cada vez mais imediato. Os produtos industriais classificados genericamente como de bens de consumo duráveis, especialmente aqueles ligados aos setores de ponta como a microeletrônica e informática, tornam-se obsoletos devido à rapidez com que são superados pela introdução de novas tecnologias.

Os impactos mundiais dos avanços técnico-científicos foram marcantes a partir da Segunda Guerra Mundial. Foi possível delimitar, a partir daí (considerando-se também a relatividade dessa demarcação temporal), o início de uma Terceira Revolução Industrial.

A microeletrônica, o microcomputador, o software, a telemática, a robótica, a engenharia genética e os semicondutores são alguns dos símbolos dessa nova etapa. Essa fase tem modificado radicalmente as rela­ções internacionais e os processos de produção característicos do sistema fabril introduzido pela Revolução Industrial, bem como tem possibilitado a criação de novos produtos e a utilização de novas matérias-primas e fontes de energia.

Há algum tempo, a indústria vem utilizando muitas matérias-primas sintéticas, como a borracha, as fibras de poliéster, o náilon e novos tipos de ligas que substituem vários metais. Hoje, por exemplo, pode-se utilizar uma nova cerâmica de alta resistência e durabilidade, feita de areia e silicone.

Os recursos sintéticos permitem a produção das matérias-primas nos próprios países desenvolvidos. Esse fato é, ao mesmo tempo, alentador e preocupante. Numa perspectiva de preservação da natureza, a exploração de recursos minerais não-renováveis diminuirá. No entanto, haverá uma conseqüente queda dos investimentos, em países subdesenvolvidos, por parte de empresas multinacionais ligadas à mineração e a outras atividades extrativas. Além disso, os países fornecedores de matérias-primas perderão, gradativamente, importantes itens de suas pautas de exportação.

Esse novo contexto criado pelas novas tecnologias de produção alteram inclusive os antigos critérios de localização industrial. Atualmente a instalação das grandes empresas multinacionais não está necessariamente associada à proximidade de fontes de matérias-primas e de mão-de-obra barata.

Apenas alguns setores industriais, como calçados, têxteis, brinquedos, montagem de aparelhos de TV e eletroeletrônicos, ainda tiram vantagem quanto à sua instalação em regiões onde prevalecem a baixa qualificação e o custo reduzido da mão-de-obra. Mas esta não é a tendência da economia industrial da Revolução Técníco-cíentífica, cujo pressuposto é produzir cada vez mais, com cada vez menos trabalhadores.

Tanto na Primeira como na Segunda Revolução Industriai, a margem de lucro das empresas se elevava à proporção que os salários decresciam. Quanto menor o salário, maior era o lucro retido pela empresa. O pro­cesso de expansão das multinacionais intensificou-se a partir da década de 50 em direção aos países do Terceiro Mundo e seguia este mesmo princípio: a elevação das taxas médias de lucro tinha como pressuposto a exploração da mão-de-obra barata desses países.

A Revolução Técnico-científica, movi­da pela produtividade, ao mesmo tempo em que pode gerar mais riquezas e ampliar as taxas de lucros, é também responsável pelo desemprego de centenas de milhares de pessoas em todo o mundo.

Entre os diversos processos de automação industrial, a robotização é o mais avançado. Os países que mais a utilizam são, respectivamente, o Japão e os Estados Unidos. O Japão contava, em 1994, com 274 mil unidades instaladas em suas indústrias, enquanto os Estados Unidos possuíam 40 mil. O Brasil, no mesmo ano, contava com. apenas 100 robôs, todos instalados na indústria automobilística.

O setor automobilístico apresenta o maior número de robôs da indústria em geral. N esse setor, no trabalho de solda, atingisse um grau de robotização da ordem de 95% nas fábricas mais modernas do mundo.


Fonte da imagem: www.ambafrance.org.br

domingo, setembro 16, 2007

Cerca de 70% da população do Brasil é pobre (Questão extra 2ºs anos)

Ter uma refeição rica em proteínas todos os dias e uma caminha boa para dormir. Que criança não merece essas coisas? Mas infelizmente nem todas os meninos e meninas têm isso. É o que mostra um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).


Segundo a pesquisa, apenas 27% das pessoas (entre adultos e crianças) conseguiram sair da pobreza entre 1993 e 2003. Os outros 73% permaneceram na condição de pobres.

Pobreza...

O estudo apontou que há dois tipos de pobreza: a crônica e transitória.


Na pobreza crônica estão presentes as pessoas não-brancas, os menos escolarizados, os residentes da região Nordeste e os trabalhadores informais. A pobreza crônica é a mais difícil de susperar e acontece quando as pessoas não conseguem melhorar de vida.


Já a pobreza transitória acontece quando há um problema de dinheiro na família que pode ser resolvido. É por exemplo, quando um pai ou uma mãe ficam desempregados e sem dinheiro para sustentar os filhos. A família pode cair na pobreza por um ano e tornar-se pobre nesse período, mas depois tem como sair dessa condição.


No Brasil...


Quase 70% da população brasileira está situada na pobreza crônica, a mais complicada de resolver. Para o pesquisador Rafael Ribas, é preciso investir nas políticas socias - como educação e saúde - para tentar reverter essa situação.


"Não adianta dar escolas, se a pessoa não vai ter condições financeiras de chegar até elas”, ressalta Ribas.A pesquisa também apontou que a pobreza é maior no Nordeste, já que lá as pessoas têm maior probabilidade de nascer pobres e permanecer nessa condição.



O islamismo no continente africano (Questão extra 8ª série)

Depois do Oriente Médio, do subcontinente indiano e do sudeste asiático, a África se constitui numa quarta região que, apesar de menos importante no passado muçulmano, vem adquirindo cada vez mais relevância no contexto do chamado mundo islâmico. O número de muçulmanos na África é na atualidade estimado em mais de 300 milhões, cerca de 27% do total dos seguidores da religião criada pelo profeta Maomé.

A islamização no continente africano se difundiu muito mais pelo comércio e pela migração do que por conquista militar. A expansão do islã na África seguiu três direções: do noroeste do continente (região do Magreb), ela avançou pelo Saara e alcançou a África Ocidental. A segunda direção foi aquela que, partindo do baixo para o alto vale do Nilo, chegou ao nordeste da África (península da Somália e arredores). Por fim, comerciantes originários da porção sul-sudoeste da Península Arábica e imigrantes do subcontinente indiano, criaram assentamentos no litoral do Índico e, dali, difundiram a presença muçulmana para o interior.

O islamismo fez sua entrada no continente a partir da África do Norte, do Egito ao Marrocos, sendo uma das primeiras regiões a ser conquistadas pela expansão inicial árabe-islâmica (séculos VII e VIII). Dos séculos X a XVI, mercadores muçulmanos contribuíram para o surgimento de importantes reinos na África Ocidental, que floresceram graças ao comércio feito por caravanas que, atravessando o Saara, punham em contato o mundo mediterrâneo ao das estepes e savanas do Sudão Ocidental e África centro-ocidental. A conversão de certos monarcas africanos fez não só o islã avançar como criou uma florescente cultura. Assim, cidade de Tumbuktu (no atual Máli) era, no século XIV, um núcleo urbano conhecido pelo alto nível de suas escolas islâmicas, que atraíam muçulmanos de várias partes do mundo.

Na porção oriental do continente, comerciantes árabes conseguiram se fixar junto ao litoral do Índico, levando a gradual conversão de grupos africanos que viviam em áreas da atual Eritréia e do leste da Etiópia. Todavia, os reinos cristãos do alto vale do Nilo conseguiram bloquear por séculos o avanço muçulmano, como foi o caso dos grupos etíopes, ocupantes dos altos planaltos da Etiópia. Nos séculos seguintes, a cultura árabe-muçulmana influenciaria grupos bantos que estavam em processo de expansão para a África oriental e meridional.

Paralelamente, comerciantes árabes cruzaram o Oceano Índico e criaram, do Chifre da África ao atual Moçambique, um conjunto de importantes cidades-Estado e fortalezas, junto ao litoral e nas ilhas, cujo comércio de ouro se manteve até o início da presença portuguesa no século XVI. Às vésperas do início da colonização européia, o islã se constituía na principal presença "importada" no continente, presença esta que já estava fortemente integrada às sociedades africanas.

Fonte texto: http://www.clubemundo.com.br/revistapangea/show_news.asp?n=252&ed=4
Fonte imagem: http://www.infobrasil.org/fotos/fotos/Christian-PMI/images/2243.jpg

sábado, setembro 15, 2007

O vilão virou herói (Questão extra 1ºs anos)

O que pode nos salvar do aquecimento global, quem diria, é a energia nuclear


Texto Rodrigo Cavalcante
Ilustração Rômulo Pacheco


Viver é usar energia. Sem ela, o mundo desliga. As crises mundiais do petróleo, na década de 1970, são um bom exemplo de como a dependência de uma fonte de energia pode mudar o curso da história. A alta do preço do barril em 1973 e 1978 por causa dos conflitos no Oriente Médio interrompeu o mais virtuoso ciclo de crescimento que o Ocidente vivera no século 20. No Brasil, a crise adiou o sonho de nos tornarmos uma potência: saltamos do milagre econômico, no início da década de 1970, para o endividamento e a estagnação das duas décadas seguintes. Mais recentemente, a ameaça do apagão elétrico no governo FHC, em 2001, só não foi uma catástrofe porque o Brasil cresceu a taxas medíocres. Sem energia, os preços ficam mais caros, os investimentos escasseiam e os pobres continuam pobres.
Para se salvar dessa estagnação, o ser humano criou vários jeitos de captar energia da natureza. De todos, as usinas nucleares são disparado o mais polêmico. Nenhuma forma de energia tem um passado tão horrível. A fissão nuclear é a tecnologia que gerou as bombas de Hiroshima e Nagasaki (pelo menos 130000 mortos em poucos segundos de 1945), que deixou o mundo tremendo de medo de uma destruição total durante a Guerra Fria e que, em 1986, matou 32 operários no acidente da usina de Chernobyl. Na ocasião, a radioatividade se espalhou com o vento para a Rússia e atingiu até regiões distantes como a França e a Itália. Estima-se que pelo menos 4 000 pessoas, segundo a ONU, ou 200 000, segundo o Greenpeace, tenham sido vítimas de doenças provocadas pela contaminação, como câncer de tireóide.
Apesar de hoje se saber que o acidente foi provocado por falhas humanas grosseiras nos procedimentos básicos de segurança e até mesmo por erros no projeto dos reatores, Chernobyl fez a energia nuclear virar sinônimo de desastre e destruição. Grupos ambientalistas fizeram dela seu principal inimigo. A energia nuclear ficou tão associada ao mal que, poucos anos depois de Chernobyl, quando o desenhista Matt Groening criou o personagem Sr. Burns, o vilão de Os Simpsons, deu a ele o trabalho mais odioso da época: dono da usina de energia nuclear da cidade de Springfield.
Mas os tempos mudaram. Enquanto as usinas nucleares avançaram em segurança e controle dos resíduos radioativos, o mundo passou a sofrer com o gás carbônico emitido pelas fontes tradicionais de energia, como o petróleo e as usinas termoelétricas a carvão. Num mundo em que o aquecimento global é o grande problema, especialistas em energia estão fazendo perguntas incômodas para muitos ecologistas: será que a energia nuclear, apesar de todos os riscos e dos resíduos atômicos, não teria sido uma alternativa menos danosa ao meio ambiente do que as fontes que liberam gases causadores do efeito estufa e que colocam em risco todo o planeta? E mais: será que a Terra tem tempo para esperar por fontes alternativas como a solar e a eólica?


sábado, junho 23, 2007

Migração interna no Brasil não têm condições mínimas de direito (2 anos)

Coordenadora do projeto de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), Patrícia Audi, defende que as migrações de trabalhadores no país "ocorram em condições mínimas de direitos e que a família e o sindicato saibam para onde o trabalhador está indo". A OIT é parceira da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, e da organização não-governamental Repórter Brasil, na elaboração da cartilha Escravo, nem pensar!, que começou a ser distribuída na semana passada aos 36 mil alfabetizadores de jovens e adultos nos Estados da Bahia, Tocantins, Maranhão, Pará, Mato Grosso e Piauí, e em municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Patrícia Audi lembrou que existe um movimento migratório normal, principalmente nesses estados e municípios, para fazendas no Norte do país. E que muitas vezes os fazendeiros são honestos, pagam salários e impostos pelo trabalho que oferecem, mas a maioria "ainda tem a certeza da impunidade".
No Brasil, segundo a coordenadora, essa prática vem diminuindo com a aplicação de "uma série de medidas de repressão aos fazendeiros que mantêm os trabalhadores nas suas propriedades, como corte a financiamentos públicos, a suspensão de fornecimento pelas grandes empresas que assinaram o pacto nacional contra o trabalho escravo". Antes, explicou, o fazendeiro só tinha de arcar com dívidas de pagamentos e encargos sociais que eram devidos. Hoje, além desses encargos, eles têm de pagar pelos danos causados aos trabalhadores, confirmados pela Justiça do Trabalho.
"Esses valores têm sido altos, o que pela primeira vez faz com que a utilização do trabalho escravo não seja um bom negócio. Há cerca de três meses uma indenização recorde de R$ 5 milhões foi confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho do Pará. Não vale mais a pena correr o risco de se utilizar mão-de-obra escrava", disse ela.
Patrícia Audi destacou que o Brasil foi reconhecido internacionalmente como um modelo a ser seguido por outros países pelo combate ao trabalho escravo, mas disse considerar que ainda existem desafios a superar:
- Há uma discussão entre a Justiça federal e a estadual, para decidir de quem é a competência para julgar esses crimes. Por conta disso, ninguém foi ainda para a cadeia.


Fonte texto: 02/07/2006 Correio do Brasil - por redação de Brasília
Fonte imagem: http://www.scielo.br/img/revistas/ea/v14n38/02f1.jpg

quinta-feira, junho 21, 2007

WWF alerta sobre devastação do meio ambiente na Europa (8as séries)

GLAND, SUÍÇA - O Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) fez um alerta nesta sexta-feira sobre o ritmo "espetacular" em que a diversidade animal e do meio ambiente diminui na Europa, e indicou a ação humana como uma das principais causas dessa queda.

A série de pesquisas feita pela organização ecológica e seus colaboradores, com 19 espécies animais e 8 hábitats no continente europeu, revela que, segundo os critérios da União Européia (UE), 60% deles estão em "mau estado de conservação".

O WWF, em comunicado de imprensa no qual se refere às conclusões apresentadas no fechamento da "semana verde" européia realizada em Bruxelas, inclui nessa categoria o lince eurasiático e, na Áustria, o urso pardo, cuja população diminuiu em cerca de 50% nos últimos sete anos.

A avaliação do WWF confirma os números registrados pela Agência Européia para o meio ambiente, segundo os quais 42% das espécies nativas de mamíferos, 43% das de aves, 30% das de anfíbios e 45% das de borboletas e répteis estão ameaçadas de extinção.

A organização ecológica acusou diretamente "o uso de pesticidas e adubos, a urbanização, a poluição do solo, a modificação das práticas florestais e agrícolas e a pesca ilegal" como as principais razões desse cenário.

"Só o compromisso político de tratar com a mesma importância a extinção da biodiversidade e a mudança climática seria suficiente para contornar essa tendência alarmante", disse um dos diretores da associação ecológica, Tony Long.

Após afirmar que a implementação efetiva do programa Natura 2000 da UE é "crucial" para alcançar o objetivo de conter essa perda até 2010, a organização insistiu para que todos os Estados membros preparem seus planos nacionais para atingir a meta.

"A União conta com a legislação necessária para proteger as espécies e os hábitats ameaçados, mas deve cumpri-la de maneira adequada", concluiu outro analista dessa organização, Gerald Dick.

Países consideram globalização positiva, mostra pesquisa (1os anos)


A globalização tem sido uma força positiva, mas é preciso de mais proteção ambiental e trabalhista no comércio sem travas, de acordo com uma pesquisa americana realizada em 18 países e divulgada nesta quinta-feira (26).

"Está claro que o público ao redor do mundo apóia o aumento do comércio', disse Steven Kull, editor da WorldPublicOpinion.org, vinculada à Universidade de Maryland (EUA) e que organizou a pesquisa em conjunto com o Conselho de Chicago para Assuntos Globais.

"Porém, também está claro que muitos buscam maneiras de reduzir seu impacto no meio ambiente e no trabalho, ao incluir exigências ambientais e trabalhistas nos acordos comerciais", acrescentou Kull.

O apoio a tais exigências foi particularmente alto nas economias de baixo custo como China e Índia, o que acaba com a teoria de que os trabalhadores destes países preferem menos controles para aproveitar as vantagens competitivas, segundo a pesquisa.

"É possível que a exigência de maiores níveis seja atrativa porque gera pressão externa para a melhoria das condições de trabalho em seus países", explica.


Economia se beneficia


Em termos gerais, todos os países --mais os territórios palestinos-- consultados na sondagem revelam que a globalização tem sido 'positiva' para suas economias e para os níveis de vida. O país que registrou o maior descontentamento com este ponto de vista foi a França, onde 42% dos entrevistados acreditam que a liberalização comercial e a integração econômica tem "negativa", seguido pelos Estados Unidos, com 35%. Os maiores níveis de apoio à globalização foram registrados em economias exportadoras como China (87%), Coréia do Sul (86%) e Israel (82%).

"Os resultados podem reforçar a vontade política para a liberalização em fóruns internacionais como a Organização Mundial do Comércio (OMC)", disse Christopher Whitney, diretor-executivo de pesquisas do Conselho de Chicago para Assuntos Globais.


Meio ambiente


No que diz respeito ao meio ambiente, a rejeição à globalização foi maior. Na França, 66% das pessoas afirmaram que o processo prejudica a natureza. Nos Estados Unidos e Coréia do Sul o índice chega a 49%. Mais de 50% das pessoas ouvidas na China e Índia se mostraram favoráveis a que os acordos de comércio incluam mais controles ambientais.

A França voltou a se destacar no tópico dos temores sobre prejuízos às seguranças trabalhistas, seguida outra vez pelos Estados Unidos.

A pesquisa ouviu 23 mil pessoas na Argentina, Armênia, Austrália, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, Filipinas, França, Índia, Indonésia, Irã, Israel, México, Peru, Polônia, Rússia, Tailândia, Ucrânia e territórios palestinos.


Fonte da imagem: Revista Pangéa

quinta-feira, maio 31, 2007

Sociedade e Trabalho


Nos dias 21 e 24 do mês de maio os meus alunos dos 2ºs anos do Ensino Médio fizeram uma, aliás, UMA apresentação digna de cachê. A apresentação estava relacionada à disciplina Sociedade e Trabalho onde os alunos tinham que apresentar os resultados das produções de blogs com finalidades pedagógicas.
Realmente foi UMA apresentação... Os blogs ficaram funcionais, inteligentes, criativos... Só elogios. Também não posso esquecer de comentar sobre a organização ou a forma de apresentação das equipes. Todos estavam socialmente vestidos, algumas equipes (empresas) estavam identificadas com crachás, bottons, roupas parecidas...
Parabéns para os meus alunos empresários!!!!

Veja as fotos:

Sociedade e Trabalho





quarta-feira, maio 16, 2007

Fogo e enchente na Europa: sinais do aquecimento global (desafio)


Enquanto os rios voltam aos níveis normais nas regiões alagadas no sul da Alemanha, pesquisadores do clima voltam a advertir para a importância da prevenção de catástrofes.

"As mudanças climáticas são mais rápidas que a política", assinala a especialista do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) Regine Günther, referindo-se à inércia política para prevenir catástrofes ambientais. Os ecologistas vêem na atual enchente nos Alpes e nas intensas chuvas dos últimos dias no sul da Alemanha indícios de que as previstas mudanças climáticas mundiais já começaram.

O alemão Klaus Töpfer, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep), destacou nesta quinta-feira (25/08) que já nem é mais possível evitar por completo as conseqüências negativas do aquecimento global. "Sinal disso é o aumento da quantidade de chuvas torrenciais, secas e tormentas em todo o mundo", disse. Para Töpfer, um primeiro passo para conter o problema seria reduzir as emissões de dióxido de carbono.


Evitar as causas das enchentes


Esta também é a opinião de Georg Rast, da WWF, para quem "a prevenção contra inundações continuará uma tarefa sem solução enquanto não se combater sua causas". Rast reclama dos políticos por não canalizarem verbas suficientes para a prevenção. Para ele, as mudanças climáticas exigem que sejam repensados os atuais conceitos de proteção antienchentes.


Apesar dos grandes alagamentos enfrentados pela Alemanha em 1999 e 2002, União e Estados não colocaram em prática as medidas necessárias para evitar novas catástrofes, reclama o diretor-geral da Liga do Meio Ambiente e Proteção à Natureza na Alemanha (Bund), Gerhard Timm.


Exemplo disso, segundo Timm, é que canais continuam sendo ampliados e as curvas dos rios continuam sendo corrigidas, embora os rios alemães disponham hoje de apenas 20% de suas áreas naturais de inundação. Um agravante é que a cada dia na Alemanha uma área correspondente a 150 campos de futebol é compactada de tal forma que não permite mais a absorção da água pelo solo.


Efeitos do clima global sobre Portugal e os Alpes


O governador da Baviera, Edmund Stoiber, rebate as acusações de negligência na região afetada pela enchente. "Com investimentos da ordem de 670 milhões de euros desde 1999, cumprimos nossos deveres para prevenir alagamentos", salienta.

E o porta-voz da secretaria bávara do Meio Ambiente, Roland Eichhorn, confirma: foram otimizados os sistemas de advertência de enchentes, construídas barragens e bacias de contenção e ampliadas as margens para facilitar o extravasamento da água.


Situações climáticas extremas, como as ondas de calor com incêndios nos bosques em Portugal e as chuvas torrenciais na Baviera esta semana, provam que o aquecimento global já influencia o clima diário, observa Mojib Latif, pesquisador do clima na Universidade de Kiel, no norte da Alemanha.

O fator responsável pelos alagamentos nos Alpes foi um fenômeno especial, conhecido como "Massa de ar 5B", explica Latif. "É quando o ar atmosférico suga umidade no Mediterrâneo e a transporta lentamente na direção leste, em volta dos Alpes. Só que o aquecimento global faz evaporar mais água sobre o Mediterrâneo e em conseqüência o ar traz mais umidade ainda. Se esta massa de ar fica presa sobre os Alpes, chove sem parar".



Publicação: Alemanha 26.08.2005

quarta-feira, abril 18, 2007

Trabalho de Campo com Minhas "Crianças" do CAIC


No dia 17 de abril, realizei um trabalho de campo com meus alunos do Ensino Médio do CAIC. O trabalho aconteceu em Cabeçudas e na Praia Brava. O objetivo era observar duas áreas: em uma a ausência da vegetação de restinga em Cabeçudas e na outra o processo de recuperação da restinga da Praia Brava.
Foi discutido com os alunos a importância deste tipo de vegetação e as conseqüências sofridas com sua ausência. Muito produtivo.
Como todo bom trabalho de campo situações engraçadas também aconteceram. A dona Célia por exemplo ficou indignada com o que ela viu no estacionamento da Praia da Atalaia. Já a Suellen e Elisângela muito colaboraram com o meio ambiente, pois não jogaram nenhum papel na areia da praia e nem pela janela do carro do Cícero. Falar em carro do Cícero que dificuldade para aquele carro subir o morro Cortado hein? Não posso esquecer do Nelson que só queria saber de comprar...

Foi muito bom

Valeu pessoal...
Professor Valter Cardoso

domingo, abril 08, 2007

Entenda o Protocolo de Kyoto

O Protocolo de Kyoto foi o resultado da 3ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada no Japão, em 1997, após discussões que se estendiam desde 1990. A conferência reuniu representantes de 166 países para discutir providências em relação ao aquecimento global.
O documento estabelece a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), que responde por 76% do total das emissões relacionadas ao aquecimento global, e outros gases do efeito estufa, nos países industrializados. Os signatários se comprometeriam a reduzir a emissão de poluentes em 5,2% em relação aos níveis de 1990. A redução seria feita em cotas diferenciadas de até 8%, entre 2008 e 2012, pelos países listados no Anexo 1.
Um aspecto importante do protocolo é que apenas os países ricos, do chamado Anexo 1, são obrigados a reduzir suas emissões. Países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, grandes emissores de poluentes, podem participar do acordo, mas não são obrigados a nada. O conceito básico acertado para Kyoto é o da ''responsabilidade comum, porém diferenciada'' - o que significa que todos os países têm responsabilidade no combate ao aquecimento global, porém aqueles que mais contribuíram historicamente para o acúmulo de gases na atmosfera (ou seja, os países industrializados) têm obrigação maior de reduzir suas emissões.
Para entrar em vigor, porém, o documento precisa ser ratificado por pelo menos 55 países. Entre esses, devem constar aqueles que, juntos, produziam 55% do gás carbônico lançado na atmosfera em 1990. Embora a União Européia já tenha anunciado seu apoio ao protocolo, os Estados Unidos - o maior poluidor - se negam a assiná-lo. Sozinho, o país emite nada menos que 36% dos gases venenosos que criam o efeito estufa. Só nos últimos dez anos, a emissão de gases por parte dos Estados Unidos aumentou 10% e, segundo o protocolo, a emissão de gás carbônico deve dar um salto de 43% até 2020.
Os EUA desistiram do tratado em 2001, alegando que o pacto era caro demais e excluía de maneira injusta os países em desenvolvimento. O atual presidente americano, George W. Bush, alega ausência de provas de que o aquecimento global esteja relacionado à poluição industrial. Ele também argumenta que os cortes prejudicariam a economia do país, altamente dependente de combustíveis fósseis. Em vez de reduzir emissões, os EUA preferiram trilhar um caminho alternativo e apostar no desenvolvimento de tecnologias menos poluentes.
Rússia põe fim ao impasse
Em 2002, o impasse dava mostras de que poderia chegar ao fim com o apoio do Parlamento canadense, antes contrário ao documento. Só em 2004, no entanto, o pacto finalmente ganharia o pontapé final para a sua implementação com a adesão da Rússia. Para entrar em vigor e se tornar um regulamento internacional, o acordo precisava do apoio de um grupo de países que, juntos, respondessem por ao menos 55% das emissões de gases nocivos no mundo - com a entrada da Rússia, o segundo maior poluidor, responsável por 17% delas, a cota foi atingida. Até então, apesar da adesão de 127 países, a soma de emissões era de apenas 44%. Com a Rússia, esse índice chega a 61%.
Muito comemorada, a entrada da Rússia no entanto põe em evidência a questão do impacto do protocolo nas economias, motivo pelo qual a Austrália também se mantém de fora do acordo. O presidente russo Vladimir Putin só decidiu aderir ao descobrir que o pacto poderia servir de moeda de troca, junto à União Européia (a maior defensora do acordo), para seu ingresso na Organização Mundial do Comércio.
Agora, com a adesão da Rússia, os países que o assinaram terão de colocar em ação planos de substituição de energia para deter a escalada da fumaça que forma um cinturão de gases tóxicos na atmosfera। O acordo, ratificado por 141 países, entra em vigor em 16 de fevereiro de 2005, 90 dias após o processamento dos documentos da adesão da Rússia junto à Organização das Nações Unidas (ONU).


Os países que mais emitem dióxido de carbono (CO2) na atmosfera (porcentagem do total emitido no mundo)


Estados Unidos 36,1


Rússia 17,4


Japão 8,5


Alemanha 7,4


Reino Unido 4,3


Canada 3,3


Itália 3,1


Polônia 3,0


França 2,7


Paises listados no Anexo 1: Alemanha, Austrália, Áustria, Belarus, Bélgica, Bulgária, Canadá, Comunidade Européia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Federação Russa, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, República Tcheco-Eslovaca, Romênia, Suécia, Suíça, Turquia e Ucrânia.


Fonte do Texto: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT908417-1655,00.html

Fonte da Imagem:http://www.miliarium.com/monografias/Kioto/Claves3.jpg



A luta dos curdos

Região que se espalha por Turquia, Iraque, Irã, Síria, Armênia e Azerbaijdão, o Curdistão luta pela criação de um Estado próprio. Apenas uma vez na história houve um passo importante nesse sentido. Em 1920, o Tratado de Sèvres propõe a criação de um Estado curdo, algo que nunca saiu do papel. A grande dificuldade é que os curdos são povos organizados em clãs (grupos) independentes, islâmicos, mas desunidos. O movimento pela independência é mais forte na Turquia, onde vive praticamente metade dos 26 milhões de curdos. É também ali que a repressão é mais intensa. Em 1978 é criado o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e, quatro anos depois, teve início a luta armada. Seu líder, Abdullah Öcalan é condenado à morte e o movimento perde força. No entanto, com a possibilidade de a Turquia entrar para a União Européia, existe uma pressão para que seja solucionado o conflito com os curdos, garantindo, inclusive, os direitos humanos desse povo. Do lado iraquiano, a permanência dos curdos não foi menos conturbada. Logo após a Guerra Irã-Iraque (1980-1987), Saddam ordenou um ataque com armas químicas à região curda, matando 5 mil curdos. Durante a Guerra do Golfo (1991), Saddam promoveu outro massacre contra a população curda.

Fonte: http://www.terra.com.br/istoe/especiais/vestibular2002/conflito_02.htm

sexta-feira, abril 06, 2007

Fatores externos que influenciaram na queda da URSS


Ronald Reagan (a direita na foto) começou seu governo nos Estados Unidos (1981-1989) dizendo que o comunismo estava naturalmente fadado ao fracasso. Alguns historiadores concordam, enquanto outros afirmam que, quando disse isso, Reagan não estava somente bancando o profeta, mas, sim, demonstrando suas próprias intenções.


Reagan promoveu uma mudança brusca nas relações com a URSS, em comparação com seus antecessores, que mantinham certa abertura. Combinando um discurso feroz a constantes investimentos militares, Reagan protagonizou os momentos mais quentes da Guerra Fria. E foi mesmo uma espécie de guerra “fria”: não havia conflitos diretos, apenas o estado de alerta, alimentado por uma escalada armamentista sem precedentes. Foi assim, com ameaças veladas, que o presidente americano deixou os soviéticos em pânico: ao fazer manobras de ataque nuclear em 1983 (exercício chamado Able Archer), ou com o lançamento do programa Guerra nas Estrelas — uma rede de satélites armados enviados ao espaço, com a premissa de “criar um escudo sobre o espaço aéreo americano contra possíveis ataques nucleares”. Com medo de ser atacada, a URSS tentava se equiparar ao poderio militar americano, retirando investimentos de diversas áreas importantes para aplicá-los em tecnologias de guerra. Isso afetou seriamente o desenvolvimento do país, contribuindo para seu fim.


O presidente estadunidense também apoiou movimentos anticomunistas por toda parte. Isso sem mencionar o discurso que fez em 1987, durante as comemorações dos 750 anos da capital Alemã, desafiando Gorbatchev a derrubar o Muro de Berlim, o que efetivamente aconteceu em 1989. O fato, que marca o fim da Guerra Fria, recebeu um comentário espirituoso da primeira-ministra da Inglaterra Margaret Thatcher: “Reagan venceu a guerra sem disparar um único tiro”.

E, por falar em Margaret Thatcher... Foi nela que Reagan encontrou sua principal aliada na cruzada contra o comunismo e a URSS. Dona de opiniões fortes e autora de discursos tão ou mais ferozes que os de Reagan, ela ajudou a pregar os ideais neoliberalistas de diminuir a influência do Estado na economia, o que ia diretamente contra as políticas soviéticas. Chegou ao cúmulo de dizer, em entrevista à revista Woman’s Own, em 1987, que “não acreditava na idéia de sociedade”, e que “o governo não deveria ser responsável nem mesmo por causas sociais fundamentais, como a moradia”. Assim como Reagan, ela também respondeu pronta e amigavelmente às mudanças propostas por Gorbatchev. Segundo ela, finalmente o ocidente capitalista tinha encontrado um homem com quem podia fazer negócio.


sexta-feira, março 16, 2007

A Ocupação Chinesa do Tibet


O Tibet, tendo sido invadido pela China, permanece sob ocupação chinesa há mais de 40 anos. O líder político e espiritual do Tibet, o Dalai Lama, foi exilado de seu país, mas continua lutando – de forma puramente pacífica – para libertar sua nação do domínio chinês. Apesar da ocupação chinesa, o povo tibetano faz grandes sacrifícios para preservar sua cultura e religião.
No seguinte artigo, você irá aprender sobre a ocupação chinesa do Tibet e sobre a luta do povo tibetano que almeja liberdade política e religiosa.


DADOS GERAIS
Língua: tibetano


Religião: budismo tibetano
Situação Atual: O país está sob ocupação chinesa.
Chefe de Estado: Dalai Lama (em exílio)
Localização Geográfica: O Tibet localiza-se no centro da Ásia e faz fronteira com a Índia, Nepal, Butão, Burma e China.

História do Tibet
A história do Tibet é marcada por guerras e conquistas. Os conflitos entre a China e o Tibet tiveram início durante a dinastia chinesa Tang (618-906 d.C.). No século 13, o Tibet foi conquistado pelo império mongol. Em 1720, foram os chineses, durante a dinastia Ching, que conquistaram o Tibet. Desde então, a China reivindica soberania sobre o território tibetano.
Em 1912, com a queda da dinastia Ching, os tibetanos conseguiram adquirir independência. Os Tibetanos expulsaram da região tropas e oficiais chineses. Em 1913, numa conferência realizada em Shimla, na Índia, britânicos, tibetanos e chineses decidiram que o Tibet seria dividido. Uma parte do Tibet seria anexada à China e permaneceria sob soberania chinesa e outra parte seria autônoma. Ao retornar da Índia em janeiro de 1913, o 13º Dalai Lama declarou oficialmente a independência do Tibet. Porém, o acordo de Shimla nunca foi ratificado pelos chineses, que continuavam a alegar que todo o Tibet pertencia à China. Em 1918, as relações já estremecidas entre o Tibet e a China resultaram em um conflito armado entre as duas nações. A Inglaterra foi um dos países que interveio para tentar negociar uma trégua. Mas esse esforço dos ingleses não foi bem sucedido.
Em 1933, com a morte do 13º Dalai Lama, o Tibet sofreu um maior enfraquecimento político.

Em 1950, o Partido Comunista chinês tomou conta da China. Tropas comunistas invadiram a cidade de Chamdo, localizada na fronteira oriental (leste) do Tibet. Em pouco tempo, as tropas chinesas tomaram a sede do governo local. No dia 11 de novembro de 1950, o governo tibetano manifestou-se contra a agressão chinesa na Organização das Nações Unidas (ONU). Mas a Assembléia Geral da ONU adiou a discussão do problema.
Em 17 de novembro de 1950, o 14º Dalai Lama assumiu a posição de Chefe de Estado do Tibet. O novo líder dos tibetanos tinha apenas 16 anos de idade quando assumiu a liderança política e espiritual de seu país.

Em 23 de maio de 1951, uma delegação tibetana que havia ido à Pequim (capital da China) para negociar a questão do Tibet foi forçada pelo governo chinês a assinar um tratado. O governo chinês ameaçou invadir o Tibet de forma até mais agressiva, caso a delegação tibetana se recusasse a assinar o acordo. O tratado estabelecia que o Tibet seria uma região autônoma da China sob o domínio tradicional do Dalai Lama. Na prática, o Tibet permanecia sob o controle da Comissão Comunista da China.

Em setembro de 1951, o Tibet foi tomado pelas forças comunistas de Mao Zedong (Mao Tse Tung). A ocupação chinesa do Tibet foi marcada pela destruição sistemática de mosteiros, pela opressão religiosa, pelo fim da liberdade política e pelo aprisionamento e assassinato de civis em massa. Ao governar o Tibet, as autoridades chinesas comunistas introduziram reformas agrárias e reduziram significantemente o poder das ordens dos mosteiros, apesar da forte oposição do povo tibetano.

Os tibetanos freqüentemente se rebelavam contra a presença de forças chinesas em seu país. Em 10 de março de 1959, os tibetanos organizaram uma grande revolta contra a China. Neste Levante Nacional Tibetano, ocorrido na capital tibetana de Lhasa, a resistência nacional contra a China atingiu seu auge. Mas a reação chinesa ao levante foi violenta: milhares de tibetanos foram mortos, aprisionados ou exilados.
Temendo por sua própria segurança, o Dalai Lama deixou Lhasa em 17 de março de 1959. Atualmente, a sede do Dalai Lama se localiza na Índia. O Dalai Lama ele viaja pelo mundo para tentar obter apoio internacional à independência de seu país.

A China ocupa o Tibet há 50 anos. Uma das conseqüências dessa ocupação chinesa é a existência de mais de cem mil refugiados tibetanos pelo mundo. Até hoje, as Nações Unidas nunca expressaram algum protesto significativo contra a ocupação do Tibet. Desde 1951, os tibetanos têm tentado se rebelar contra a ocupação chinesa, mas seus esforços não foram bem sucedidos. A China alega soberania histórica sobre o Tibet, ameaçando assim a cultura e religião dos tibetanos.
A China tem o objetivo de modernizar o Tibet, pois espera que uma maior prosperidade no país eventualmente conquiste o apoio dos tibetanos à administração chinesa. O governo chinês possui um plano de desenvolvimento para a região e vem construindo prédios, realizando obras e substituindo a tradicional arquitetura tibetana por uma arquitetura moderna, deixando assim as províncias do Tibet cada vez mais semelhantes às cidades chinesas. Além disso, o Tibet está repleto de migrantes chineses que lideram importantes setores da economia. De fato, hoje há mais chineses que tibetanos vivendo no Tibet. Não é de se surpreender que os tibetanos temem que sua cultura e tradições estejam em perigo de extinção.
Oficiais chineses no Tibet afirmam que os tibetanos têm completa liberdade religiosa. Porém, a polícia chinesa está sempre presente em mosteiros e em templos budistas. Os monges têm sido espancados, aprisionados e submetidos à educação política chinesa.
Contudo, a China vem recentemente demonstrado um pouco mais de flexibilidade em relação à sua ocupação do Tibet. No início de 2002, a China libertou seis prisioneiros políticos tibetanos e permitiu que Gyalo Thondup, o irmão do Dalai Lama, visitasse o Tibet. O governo chinês convidou jornalistas para visitar o Tibet após ter restringido o acesso livre deles à região durante anos.
Em outubro de 2002, representantes do Dalai Lama foram recepcionados pelo governo chinês em Pequim e no Tibet – algo que não ocorria há quase uma década. A China tem o objetivo de apaziguar os tibetanos para melhorar sua imagem perante o mundo. Mas é duvidoso que a China esteja disposta a se retirar do Tibet. As Nações Unidas e os principais líderes mundiais não têm o poder e o interesse de pressionar a China para que haja uma resolução justa do conflito. A China é o país mais populoso do mundo e representa uma das economias de maior potencial. A China é também um dos 5 países de maior poder nas Nações Unidas e tem o direito de vetar qualquer decisão da organização. Portanto, apesar de contar com o apoio moral de pessoas no mundo inteiro, os tibetanos enfrentam uma grande luta para realizar seu sonho de soberania e independência nacional.

Fonte:
http://www.10emtudo.com.br/artigos_1.asp?CodigoArtigo=65&Pagina=3
www.cnn.com/SPECIALS/2001/dalai.lama/





Alagamento na rua Uruguai (Itajaí)

No dia 13 de maio (2007) a comunidade do Bairro Fazenda (Itajaí-SC) voltou a conviver com os transtornos gerados pelos alagamentos decorrentes das enxurradas.
Alagamentos como estes que ocorreram no dia 13 são provocados por alguns fatores, são eles:
- impermeabilização do solo (asfalto);
- desmatamento – o que provoca um maior volume de sedimentos transportados pelas águas;
- sistema de drenagem pluvial insuficiente para atender o volume de água na área atingida;
- galerias assoreadas devido ao acúmulo de sedimentos (geralmente essas galerias estão cobertas, o que dificulta muito a limpeza);
- bocas-de-lobo entupidas com lixo (plásticos, papeis, sedimentos...);
- valas com acúmulo de objetos (depositado nesses ambientes por pessoas da própria comunidade).

A solução de alguns dos problemas apontados acima é de responsabilidade do Poder Público, porém, outros como as bocas-de-lobo entupidas e lixo nas valas a responsabilidade passa a ser da própria comunidade.
Pequenos gestos como não jogar embalagens de pipocas, picolés, sacolas de supermercados na rua já fazem uma enorme diferença quando o assunto é alagamento.
O problema na rua Uruguai não é ressente, mas antigo. Nenhuma gestão municipal se preocupou em resolver a questão. Enquanto isso a comunidade sofre com a perda de móveis, objetos, portas por causa dos alagamentos. Taí um assunto para ser pensado e discutido...